A EXPOSIÇÃO DE AZULEJOS ONTEM E HOJE

30 de Abril de 2014 | 18h00 | Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa | sala 5.2

Convidados:
João Pedro Monteiro [Museu Nacional do Azulejo]
Patrícia Nóbrega [Rede Temática em Estudos de Azulejaria e Cerâmica João Miguel dos Santos Simões – ARTIS-IHA/FLUL]

Moderador:
Ana Almeida [Rede Temática em Estudos de Azulejaria e Cerâmica João Miguel dos Santos Simões – ARTIS-IHA/FLUL]

João Pedro Monteiro
É, desde 1988, Técnico Superior do Museu Nacional do Azulejo, sendo responsável pelo Departamento de Investigação. É Licenciado em História, tem uma pós-graduação em Arte Património e Restauro e o Curso de Alta Direcção em Administração Pública do INA. Tem vindo a desenvolver projectos de investigação na área da azulejaria e faiança portuguesas que resultaram em exposições temporárias no Museu Nacional do Azulejo. Assumiu o Comissariado Científico de várias exposições em Portugal e no estrangeiro. Tem diversos artigos publicados sobre Azulejaria e Faiança portuguesas em catálogos de exposição e revistas da especialidade, em Portugal e no estrangeiro.

Patrícia Nóbrega Pereira
Investigadora, desde Março de 2009, da Rede Temática em Estudos de Azulejaria e Cerâmica João Miguel dos Santos Simões (Artis/FLUL), onde integrou, entre outros, os projetos “Catalogação de padrões da azulejaria portuguesa” e “Inventário do Património Azulejar do Centro Hospitalar de Lisboa Central”. É mestre em Museologia pela FCSH-UNL com uma dissertação dedicada ao azulejo enquanto objeto museológico (2013). Actualmente exerce funções na área de inventário no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian. Interessa-se por azulejaria, colecionismo e inventário, tendo publicado, neste âmbito, alguns artigos em revistas científicas.

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Foto: © Museu Oscar Niemeyer

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EXHIBITING AZULEJOS – THEN AND NOW

April 30, 2014 | 18h00 | Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa | room 5.2

Invited speakers:
João Pedro Monteiro [Museu Nacional do Azulejo]

Patrícia Nóbrega [Rede Temática em Estudos de Azulejaria e Cerâmica João Miguel dos Santos Simões – ARTIS-IHA/FLUL]

Moderator:
Ana Almeida [Rede Temática em Estudos de Azulejaria e Cerâmica João Miguel dos Santos Simões – ARTIS-IHA/FLUL]

João Pedro Monteiro
João Pedro Monteiro is in charge of the Research Department at National Museum of Azulejos since 1988. Graduated in History, he has a postgraduate study in Art, Heritage and Restoration and the Course of Senior Management in Public Administration from the INA. He has been developing research projects concerning the Portuguese azulejo and faience which resulted in temporary exhibitions at the National Museum of Azulejo. He was in charge of the Scientific Commission of several exhibitions in Portugal and abroad. João Pedro Monteiro authored several articles about Portuguese azulejo and Faience in national and international exhibitions’ catalogues and scientific journals.

Patrícia Nóbrega Pereira
Patrícia Nóbrega Pereira is a researcher at ARTIS-IHA/FLUL since March of 2009, where she integrated, among others, the projects “Cataloguing Portuguese tile patterns” and “Inventory and study of the tile heritage of the Central Lisbon Hospital Centre (CHLC)”. She has a Master’s degree in Museology from the FCSH-UNL with a dissertation dedicated to azulejo as a museological object (2013). Currently she works in ​inventory at the Modern Art Centre of the Calouste Gulbenkian Foundation. The areas of interest of Patrícia Nóbrega Pereira are azulejo, collecting and inventory, in which context she has authored several articles in scientific journals.

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Photo: © Museu Oscar Niemeyer

A EXPOSIÇÃO DE AZULEJOS – ONTEM E HOJE

30 de Abril de 2014 | 18h00 | Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa | sala 5.2

O Azulejo, sendo um revestimento de arquitecturas, só pode ser entendido, em toda a sua plenitude, enquanto património integrado. Só assim é possível entender, em profundidade, duas das suas principais características enquanto arte identitária de Portugal e da Cultura portuguesa: a forma como estrutura arquitecturas, e o modo como serviu de suporte a imaginários e narrativas, em estreita sintonia com a encomenda.
Retirado massivamente dos locais de origem a partir de finais do século XIX, o Azulejo passou também a ser um objecto museológico, integrando colecções públicas e privadas, sendo a sua exposição entendida, desde essa época e ao longo do século XX, de diferentes formas e servido objectivos diversos.
Enquanto ponto de chegada dessa tradição, o Museu Nacional do Azulejo é, nos nossos dias, o principal local onde o azulejo é salvaguardado, estudado e apresentado, quer através de uma exposição permanente, organizada cronologicamente, quer de exposições temporárias apresentadas no Museu, noutras instituições nacionais e internacionalmente, visando fazer avançar o conhecimento nesta área e dá-lo a conhecer a um público alargado.
Nesse sentido, o Azulejo, mesmo enquanto património móvel em contexto museológico, tem-se vindo a assumir, pela sua relevância identitária, como objecto privilegiado de projecção, nacional e internacional, da cultura portuguesa.
Na presente sessão haverá oportunidade de abordar as diferentes formas como o azulejo tem vindo a ser encarado, desde finais do século XIX, enquanto objecto museológico, analisando, para além de questões estritamente museográficas, estratégias de investigação e divulgação, e em que medida estas podem contribuir para devolver sentido a revestimentos cerâmicos retirados do seu espaço de origem.

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Foto: © Museu Oscar Niemeyer

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EXHIBITING AZULEJOS – THEN AND NOW

April 30, 2014 | 18h00 | Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa |  room 5.2

The Azulejo, used in the decoration of building surfaces, can only be appreciated in all its splendour as an integrated heritage. Only thus is it possible to grasp in depth two of the main features of this distinctive form of art in Portugal and the Portuguese culture: its way of structuring architectural spaces and its contribution to the creation of imaginary worlds and narratives, closely articulated with its commission.
Since the late 19th century, massive amounts of azulejos were removed from their original location and went on to become museum items, part of public and private collections. Their exhibition, since then and throughout the 20th century, has been approached in different ways and served different purposes.
As the main follower of this tradition, the National Museum of Azulejo is nowadays the chief location for the safekeeping, study and exhibition of azulejos, promoted both through the museum’s permanent exhibition, organised chronologically, and through temporary exhibitions hosted by the museum and other national and international institutions, with the aim of furthering the knowledge in this field and sharing it with a wider audience.
The azulejo has stood out, therefore, even as a portable heritage in a museological context, due to its distinctive relevance and to its privileged role in the national and international promotion of Portuguese culture.
The present session will focus on the different approaches to the azulejo as a museum item, from the late 19th century onwards. The analysis, apart from strictly museological considerations, will discuss research and advertising strategies, as well as the extent in which they can contribute to the re-contextualisation of ceramic panels removed from their original location. 

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Photo: © Museu Oscar Niemeyer


Neste AzLab Rotas Culturais cada uma das convidadas apresentou a rota de que é directora: uma de âmbito regional e outra que se estende a todo o território nacional, sendo que em ambos os projectos o azulejo pode ser usufruído no seu contexto original. Alexandra Gago da Câmara referiu-se ao território por onde se estende a Rota do Azulejo no Alentejo, ao seu modelo de gestão, à articulação entre investigação e divulgação (mencionando as edições quer de uma monografia quer de um folheto), e aos planos futuros para este projecto. Sandra Costa Saldanha referiu-se aos modelos de gestão, à conservação material das catedrais, à oferta cultural e à valorização do património existente nestes espaços. Focou ainda questões relacionadas com o impacto que as catedrais têm na comunidade onde estão inseridas, os protocolos de colaboração que a Rota das Catedrais mantém com várias entidades, assim como os eventos promovidos e os objectivos desta iniciativa no que diz respeito à divulgação, quer científica quer para públicos não especializados.
No debate que se seguiu foi possível discutir vários assuntos, como o da preservação do património ligado a cada uma das rotas, a integração de outro tipo de eventos culturais e a questão essencial da acessibilidade aos espaços abrangidos por determinada rota. A oferta de itinerários culturais, que se traduz num elevado número de rotas e roteiros, foi outro dos aspectos em discussão, assim como os modelos de gestão das mesmas, considerando-se a necessidade de reflectir sobre esta questão, também numa perspectiva de integração e articulação entre rotas.
A conversa também incluíu ligações aos textos que se encontram no blogue e, em particular, às entrevistas (rúbrica 3 perguntas a) feitas aos responsáveis pela Rota do Românico e à SPIRA, que gere vários itinerários culturais. Foram respondidas às perguntas colocadas no blogue, que poderão ser lidas aqui.

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In this AzLab Cultural Routes each guest presented the route they are in charge for: one of regional implementation and another extending nationwide, both allowing the azulejo to be admired in its original context (the location it was designed for). Alexandra Gago da Câmara referred the territory through which extends Azulejo’s Route in Alentejo, its management model, the coordination between research and dissemination (mentioning the edition of a monograph and of a leaflet), and also the project’s future plans. Sandra Costa Saldanha talked about the management models, the conservation of the cathedrals and the cultural resources. She also mentioned the issues related to the impact that cathedrals have in the community they are in, the collaboration protocols that the Route of the Cathedrals has with several entities, as well as the events they promoted and the objectives of this initiative in what concerns the dissemination, either scientific or for the non-specialized public.
In the debate that followed, moderated by Rosário Salema de Carvalho,  it was possible to discuss several subjects, such as the one concerning the preservation of the heritage related to each route, the articulation with other cultural events and the essential issue related to the accessibility to the each route. The growing number of cultural itineraries was another topic of discussion, as well as the itineraries’ management models. To think over this question, also in a perspective of integration and coordination between routes, was considered and strongly advocated.
The conversation also included references to the texts available on the blog, particularly the interviews to the directors of the Rota do Românico and SPIRA, which manages various cultural itineraries (rubric 3 questions to). The questions placed on the blog were answered, and can be read here.

ROTAS CULTURAIS

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19 de Março de 2014 | 18h00 | Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa | sala 5.2

3 perguntas a | Catarina Valença, directora da SPIRA

1. A SPIRA é responsável por um conjunto de roteiros ou itinerários no Alentejo. Pode descrever, de forma sumária, como é que esta actividade começou e de que modo foi sendo ampliada?
Começou no âmbito de uma formação universitária em história da arte e de um verdadeiro interesse pela matéria artística não deslocalizável, obrigando, por isso, à compreensão do lugar para o qual tinha sido produzida, assim como ao acompanhamento das alterações de relações estabelecidas com essa manifestação artística por parte da população local ao longo dos tempos. Foi desenhado um itinerário temático para um município mas considerou-se, logo de início, que seria fundamental ter escala, alargando-se para mais 3 de imediato. Passou a 5, 3 anos depois; a 6, outros 7 anos mais tarde; a 9,  1 ano depois e, finalmente, a mais 5, 4 anos depois. Uma ampliação sempre sustentada pelo próprio projecto, e em estreita parceria institucional com os municípios locais.

2. É possível perceber qual o impacto deste género de actividades nas comunidades locais? Do ponto de vista da criação de emprego, do desenvolvimento de outras actividades, como a gastronomia, por exemplo, mas também do ponto de vista do envolvimento das comunidades nestes projectos.
Trata-se de projectos que têm directa e continuada consequência no emprego local direto. A mais valia que trazem às infra-estrutras de apoio também se traduz na indução deste tipo de emprego indirecto, embora mais difícil de medir. Há ainda a considerar o impacto qualitativo nos serviços disponibilizados por todos os parceiros envolvidos como factor relavante para a implementação deste tipo de rota; o seu contributo para a notoriedade de regiões ou locais do país desconhecidos. E, por fim, o seu evidente e diário contributo para a preservação do património. Colocaria a questão do envolvimento das comunidades nos projectos como deve ser colocado do ponto de vista da gestão patrimonial: é condição sine qua non para a sustentabilidade deste tipo de projectos.

3.Qual o papel da investigação na definição dos roteiros? Têm por base um inventário, a partir do qual foram seleccionados os locais mais relevantes? Há uma actualização dos registos e, consequentemente, dos percursos? Que informação oferecem aos visitantes (livros, guias, soluções interactivas…)?
Procedemos a um levantamento dos recursos, acompanhados por um especialista da matéria caso não seja do nosso domínio. São produzidos manuais de formação de cada uma das rotas. São levadas a cabo acções de formação com intérpretes do património e são actualizados com regularidade estes registos. Sempre que possível, editamos estes conteúdos em formato de roteiro turístico.

SPIRA

ROTAS CULTURAIS

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19 de Março de 2014 | 18h00 | Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa | sala 5.2

3 perguntas a | Rosário Machado, directora da Rota do Românico

1. O que é a Rota do Românico? Centra-se, naturalmente, no património românico, mas oferece outras actividades e engloba outros patrimónios relacionados?
A Rota do Românico assume-se, desde a sua génese, como um projecto de desenvolvimento regional. Embora a matriz do projecto assente num conjunto de monumentos de origem românica, procurámos sempre aliar este património aos recursos endógenos do território do Tâmega e Sousa. Falamos da nossa natureza, da nossa gastronomia, das tradições das nossas gentes, mas também do vasto e rico património datado de outras épocas, desde a pré-história à contemporaneidade.
Esta abrangência da Rota do Românico reflete-se igualmente nas suas áreas de intervenção. A par da dinamização turística, das visitas propriamente ditas ao património românico e à região, assumimos também a vertente da conservação e valorização dos monumentos, quer ao nível do imóvel, quer do seu património móvel, integrado e da sua envolvente, da dinamização cultural dos mesmos, convertendo-os em “palcos” de inúmeros eventos culturais, da educação e sensibilização patrimonial, através do nosso serviço educativo, e da produção de conhecimento científico, no âmbito do Centro de Estudos do Românico e do Território.

2. Como é que se articula, neste contexto, o património azulejar que integra os monumentos da Rota do Românico?
O património azulejar, mas também a pintura mural, os retábulos, as madeiras policromadas e a estatuária de um edifício religioso, formam com a arquitectura românica um todo indissociável. A sua conjugação num único espaço é reveladora da identidade e das transformações históricas e sociais de um bem patrimonial, assim como das vivências de uma determinada época.
É precisamente por estes “patrimónios” serem, tal como o estilo românico, manifestações de gostos e técnicas artísticas e de modos de cuidar e ornamentar os espaços religiosos, que têm merecido uma atenção cuidada e atenta por parte da Rota do Românico, tanto no que se refere à sua conservação e salvaguarda – e podemos citar os casos das intervenções nos revestimentos azuleJares das Igrejas de Airães e Unhão, em Felgueiras, de Cabeça Santa, em Penafiel, e de Jazente, em Amarante – como à sua divulgação, quer nas visitas orientadas pelos nossos técnicos intérpretes do património, quer nas publicações científicas que editamos.

3. A Rota do Românico inclui o Centro de Estudos do Românico e do Território, o que revela uma forte preocupação com a investigação e a disseminação do conhecimento através das publicações de cariz científico que editam. Pode falar-nos um pouco mais sobre a questão da investigação e da sua articulação com os roteiros culturais?
A produção e disseminação de conhecimentos, que consideramos fulcrais para a compreensão do legado histórico e patrimonial românico, assume-se como um dos objectivos do nosso projecto. De um modo amplo, o que procuramos com o Centro de Estudos do Românico e do Território é abrir novas perspectivas para entender e sentir a evolução deste território ao longo de séculos de vivências.
Este centro está alicerçado, entre outros, no desenvolvimento de uma linha editorial, que corporiza essa vontade e que, no nosso entender, se perfila claramente como um projecto estratégico para a concretização desse objectivo. A primeira publicação científica foi editada em Dezembro de 2011, seguiram-se três novos exemplares e este ano prevemos publicar mais duas.
A par da investigação e da disseminação de conhecimento, estas publicações têm servido igualmente como guias de acompanhamento dos visitantes dos monumentos da Rota do Românico, especialmente daqueles que têm interesse em conhecer e usufruir de outros aspectos dos monumentos para lá da arquitectura e da escultura românica. Referimo-nos aos belíssimos programas de pintura mural das nossas igrejas, tomando como exemplo a publicação A pintura mural na Rota do Românico, ou às personalidades históricas intimamente ligadas a um monumento, temática abordada em Manuel de Faria e Sousa. Cidadão do mundo e das letras ao serviço de Portugal, ou ao processo de formação de um projecto de arquitectura de um determinado bem patrimonial, como é o caso das obras São Mamede de Vila Verde. Construir uma Igreja com as suas pedras e Torre do Castelo de Aguiar de Sousa. Entre a matéria e o mito. Sobreposições do tempo.

Rota do Românico

ROTAS CULTURAIS

19 de Março de 2014 | 18h00 | Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa | sala 5.2

Rota das Catedrais
O projecto Rota das Catedrais, desenvolvido ao abrigo de um acordo de cooperação entre o Estado Português e a Igreja Católica, pretende devolver a estes monumentos uma atenção global e corresponsabilizante. Nesse sentido, assume-se como dinamizador de uma actuação concertada e planeada, não apenas para acudir a situações de evidente degradação, mas sobretudo para alcançar a capacitação dos monumentos, através de intervenções qualificadas, nas áreas da conservação e valorização patrimonial.
Visando uma adequada fruição, tanto na sua especificidade, como num entendimento em rede, aglutinador do conjunto de Catedrais envolvidas, apresenta ainda como objectivos: a requalificação do material informativo; o melhoramento dos serviços de visita; a adequação das condições de acolhimento e acessibilidades; a descoberta dos monumentos em rede.
Envolvendo um conjunto de 25 edifícios, ao projecto Rota das Catedrais encontram-se associados os templos afectos ao culto católico com o estatuto canónico de Catedral, ou Concatedral, bem como as antigas Sé de Elvas, Sé Velha de Coimbra e Sé de Silves.

Rota do Azulejo no Alentejo
A criação de uma Rota qualquer que ela seja obedece a uma determinada metodologia e modelo de gestão, tendo como propósito gerir territórios e recursos, conhecendo em território português desde os anos 90 iniciativas bem sucedidas como são exemplo a Rota do Fresco, a Rota do Românico e, mais recentemente, a Rota das Catedrais.
Tendo como partida estas questões, e atendendo à  riqueza do património azulejar histórico na Região do Alentejo, com edifícios emblemáticos, relevantes tanto no âmbito regional quanto nacional, encontra-se em curso desde 2011 no Centro de História da Arte e Investigação Artística  da Universidade de Évora (CHAIA) um projeto de trabalho e investigação que tem por objetivo dar a conhecer in situ e promover a divulgação do Património Azulejar do Alentejo dos séculos XVI até ao século XIX  através de percursos temáticos que articulem Arte, História, Memória, Salvaguarda, Lugar e Comunidade, com a finalidade de tornarem o passado activo no presente pela constituição de uma identidade artística  que é também um factor de dinamização cultural, social e económica.
A informação do visitante, seja em viagem cultural ou de lazer, é o eixo fundamental do projecto que se estrutura numa primeira fase na edição de monografias e na a realização de workshops combinando a formação teórica e as visitas aos monumentos, nas três capitais do Distrito: Évora, Beja e Portalegre.

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CULTURAL ROUTES

March 19, 2014 | 18h00 | Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa |  room 5.2

Cathedrals’ Route
The project Cathedrals’ Route, developed under a cooperation agreement between the Portuguese government and the Catholic Church, aims to revisit these monuments through a global perspective, with an emphasis on co-responsibility. To that end, the project will encourage concerted and planned action, not only to revert situations of advanced degradation, but above all to promote the rehabilitation of monuments, through qualified interventions in the fields of conservation and heritage valorisation.

Aiming at an improved fruition of these monuments, both in their specificity and in the network they belong to, designed to bring the different cathedrals closer together, the project also entails the following goals: updating information material; improving visitor services; reviewing access and welcoming conditions; publicising the monument network.
With a set of 25 buildings, the project Cathedrals’ Route encompasses the Catholic temples endowed with the status of cathedral, or co-cathedral, as well as the main cathedrals (Sés) of Elvas, Coimbra and Silves.

Azulejo’s Route in Alentejo
The creation of a cultural route, whichever it may be, requires a specific methodology and management model, designed to manage different territories and resources. In Portugal, since the 90s, there have been successful initiatives of this kind, such as the Frescoes’ Route, The Romanesque Route, and, more recently, the Cathedrals’ Route.

Starting from these examples, and considering the richness of the azulejo’s historical heritage in the region of Alentejo, present in emblematic buildings of regional and national importance, a work and research project aiming to publicise and promote in situ the divulgation of Alentejo’s Azulejo Heritage from the 16th to the 19th century is active, since 2011, at the Centre for the History of Art and Artistic Research of the University of Évora (CHAIA). This project develops thematic itineraries articulating Art, History, Memory, safeguard, Location and community, with the purpose of rendering the past active in the present, through the assembly of an artistic identity which is also a vehicle for cultural, social and economic stimulation.
The information made available to visitors, travelling in a cultural or leisurely context, constitutes the project’s main axis, and consists, during a first phase, of the publication of monographic works and the organisation of workshops combining theoretical training with visits to monuments, within all three district capitals: Évora, Beja and Portalegre.

ROTAS CULTURAIS

19 de Março de 2014 | 18h00 | Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa | sala 5.2

Convidados:
Alexandra Gago da Câmara [Universidade Aberta | Centro de História de Arte e Investigação Artística – UE]
Sandra Costa Saldanha [Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja]

Moderador:
Rosário Salema de Carvalho [Rede Temática em Estudos de Azulejaria e Cerâmica João Miguel dos Santos Simões – ARTIS-IHA/FLUL]

Maria Alexandra Trindade Gago da Câmara
Doutorou-se em História de Arte Moderna na Universidade Aberta em 2001, onde exerce funções de docência  na áreas da História da Arte e do Património Artístico desde 1992. O seu campo preferencial de investigação é o século XVIII, debruçando-se sobre as relações entre a azulejaria de Setecentos e um terreno mais vasto da  cultura portuguesa deste período, tendo neste âmbito participado regularmente em colóquios e seminários nacionais e internacionais e colaborado em revistas da especialidade. É membro integrada do Centro de História de Arte e Investigação Artística (CHAIA) da Universidade de Évora, onde coordena desde 2011 o projeto a Rota do Azulejo no Alentejo.

Sandra Costa Saldanha
Directora do Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja, da Conferência Episcopal Portuguesa. Professora convidada na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Membro do Conselho Nacional de Cultura, na Secção de “Património Arquitectónico e Arqueológico” e na Secção de “Museus, da Conservação e Restauro e do Património Imaterial”. Representante da Conferência Episcopal Portuguesa no Grupo Técnico Coordenador do projecto “Rota das Catedrais”.
Doutorada em História – variante História da Arte, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, é investigadora integrada do Centro de Estudos em Arqueologia, Artes e Ciências do Património das Universidades de Coimbra e Porto.

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CULTURAL ROUTES

March 19, 2014 | 18h00 | Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa |  room 5.2

Invited speakers:
Alexandra Gago da Câmara [Universidade Aberta | Centro de História de Arte e Investigação Artística – UE]
Sandra Costa Saldanha [Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja]

Moderator:
Rosário Salema de Carvalho [Rede Temática em Estudos de Azulejaria e Cerâmica João Miguel dos Santos Simões – ARTIS-IHA/FLUL]

Maria Alexandra Trindade Gago da Câmara
Maria Alexandra Gago da Câmara as a PhD in History of Modern Art from the Universidade Aberta (2001). Since 1992, she teaches History of Art and Artistic Heritage, at the same university. Her research area is the eighteenth century, where she addresses the relationship between azulejos and a wider area of the Portuguese culture of this period. In this context, she participated in several national and international conferences and seminars and collaborated in magazines of this specialty. Maria Alexandra Gago da Câmara is an integrated member of the Center for History of Art and Artistic Research (CHAIA) – University of Évora, where, since 2011, she coordinates the research project Azulejo’s Route in Alentejo.

Sandra Costa Saldanha
Sandra Saldanha is the National Secretariat’s Director for Cultural Heritage of the Church (Portuguese Episcopal Conference). Also, she is Member of the National Council for Culture, in the “Architectural and Archaeological Heritage” and “Museums, Conservation and Restoration and Intangible Heritage” Sections, as well as Representative of the Portuguese Episcopal Conference within the Technical Coordinator Group for the “Route of the Cathedrals” project.
Sandra has a PhD in History ­– variant of History of Art – from Faculty of Arts and Humanities at University of Coimbra, where she is an Invited Professor. She is also an integrated researcher at the Centre for Studies in Archaeology, Heritage Arts and Sciences at the Universities of Coimbra and Porto.